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Xylitol

Há muitos textos na internet apontando para os malefícios do açúcar e com acesso a informações, muitas pessoas resolvem retirá-lo de sua dieta ou restringir seu consumo ao mínimo.

Para os que não apresentam restrições em relação a saúde, muitos decidem substituí-lo por opções mais saudáveis como: mel, açúcar mascavo ou néctar de agave.

Acontece que para muitos não é uma questão de opção, mas de sobrevivência e aí a coisa complica, pois esses substitutos mais comuns na verdade também são açúcares que promovem os mesmos efeitos do açúcar de cana e não podem ser ingeridos como nos casos dos diabéticos e alérgicos ou intolerantes a frutose.

Muitas crianças autistas que passam por avaliação médica de um médico DAN precisam retirar o açúcar de sua alimentação para poderem regularizar o intestino, a disbiose da flora intestinal e reação sistêmica a fungos e candidíase. Outras também após avaliação se descobrem alérgicas.

E é aí que para mim começam os momentos mais difíceis, pois a substituição do açúcar muda muito mais a textura e sabor dos alimentos do que qualquer outra substituição.
Na tentativa de retirar o açúcar da alimentação do meu filho, oferecer-lhe uma alternativa mais saudável e diminuir o meu consumo de açúcar, é que comecei a usar o xylitol.

Xylitol é um substituto natural do açúcar derivado e comercializado geralmente a partir da bétula ou do milho. Para os alérgicos a milho é interessante conhecer de onde o xylitol é proveniente.

Além de ser um adoçante natural, ele apresenta vários outros benefícios:

– Baixa caloria,  1 colher de chá tem cerca de 9 cal contra 15 cal do açúcar de cana;

– Não apresenta gosto residual como outros substitutos;

– Substitui o açúcar em igual quantidade o que proporciona maior praticidade nas receitas;

– A metabolização do xylitol não provoca impacto na liberação de insulina, sendo um substituto seguro para diabéticos, hiperglicêmicos e pessoas que sofrem de síndrome metabólica que apresentam desordens como: resistência a insulina, pressão alta e aumento de risco de obstruções coronarianas;

– Tem baixíssimo índice glicêmico;

– É um açúcar não fermentável e com isso não provoca cáries, pelo contrário, funciona como um preventivo de cáries muito utilizado em gomas de mascar, pastas de dente e sprays. Este benefício por si só já seria uma ótima indicação para autistas, mantendo uma boa saúde bucal e diminuindo infinitamente nossas dores de cabeça com idas ao dentista;

– Também apresenta ação inibidora contra bactérias na região da boca, nariz e ouvidos, prevenindo resfriados, sinusites, infecções respiratórias e otorrinolaringológicas;

– É um potente inibidor de bactérias, contribuindo para a regularização do equilíbrio da flora bacteriana;

– Trata a osteoporose e previne a perda de densidade óssea;

– É excelente substituto do açúcar em sorvetes, bolos, muffins e cremes.

Mas… como sempre nem tudo são flores…

– Xylitol tem um efeito laxativo forte e deve ser consumido com prudência, aumentando seu consumo bem aos poucos até adaptar-se;

– É caro e não está disponível largamente no mercado brasileiro como ocorre em países estrangeiros;

– Xylitol não cristaliza, então não produz biscoitos crocantes como os feitos com açúcar, ficam secos e levemente fofos. Como não cristaliza, também não produz caldas para a produção de pudins por exemplo;

– Como é um inibidor de fungos e bactérias, não é apropriado para a produção de pães, pois não alimenta o fermento biológico;

– Escurece mais as massas e é necessário diminuir a temperatura recomendada nas receitas.

– Não dissolve bem em líquidos.

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