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Graviola – benefícios e propriedades medicinais

Graviola - Annona muricata

Graviola – Annona muricata

A graviola (Annona muricata) é uma planta medicinal também conhecida como fruta-do-conde, guanábana, guanavana, guanaba, jaca-do-Pará, jaca-de-pobre, papaia-brasileiro, pinha, brazilian pawpaw (inglês), huanaba (espanhol) corossol épineux (francês), dentre outros inúmeros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Annona Macrocarpa, A. Muricatus e A. Guanabanus. Pertence à família das Annonaceae.

Usos tradicionais: abcesso, artrite, asma, câncer, catarro, cólica intestinal, convulsões, diabetes, diarreia, disenteria, depressão, dor, edema, escorbuto, espasmos, febre, gripe, hipertensão arterial, nervosismo, neuralgia, parasitas, piolhos, reumatismo, tosse, vermes.

Propriedades medicinais: adstringente, antibacteriano, anticancerígena, antiespasmódica, anti-inflamatória, antiparasitária, antitumoral, sedativo, tônico digestivo, vasodilatador.

Benefícios da graviola

Acredita-se que quase toda a planta possui propriedades medicinais, incluindo suas folhas, frutos, sementes, cascas e raízes. A graviola é uma planta muito utilizada ao longo dos tempos na medicina alternativa, sobretudo por tribos indígenas ao longo de toda a Floresta Amazônica e parte do Caribe (América Central). No Brasil, o chá da folha de graviola é utilizado no combate de problemas hepáticos e o óleo das folhas e da fruta verde, misturado com azeite de oliva, é utilizado para aliviar dores de reumatismo e artrite.

No Peru, o chá das folhas é usado para aliviar a inflamação das membranas mucosas (excesso de catarro) e as sementes para combater parasitas. Já no Caribe, o suco da fruta, além de eliminar parasitas, é usado para aliviar febre e diarreia. No Peru, Guianas e em alguns países da América Central, a planta é utilizada para reduzir a hipertensão arterial e acalmar o coração.

Vários medicamentos preparados a partir da graviola são utilizados na medicina popular para combater células cancerígenas, bactérias, parasitas e vírus, além de retardar o crescimento de tumores, aliviar a depressão, reduzir espasmos, pressão arterial e febre, estimular a digestão e dilatar vasos sanguíneos.

Propriedades da graviola contra o câncer

Há várias décadas a graviola tem sido alvo de estudos acerca de suas possíveis propriedades anticancerígenas e antitumorais, no entanto, ainda nenhuma pesquisa se mostrou totalmente conclusiva quanto aos benefícios da graviola no combate ao câncer. A planta possui compostos químicos conhecidos como acetogeninas, produzidas no tronco, na fruta e sementes da planta. O grande interesse dos cientistas na acetogenina se deve ao comportamento tóxico da substância para com as células de câncer, tendo ação mínima em células saudáveis. No entanto, apesar de alguns resultados preliminares, as pesquisas não avançaram suficientemente neste sentido.

Um estudo animal realizado no Departamento Farmacêutico da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicado em 2010, sugeriu que a graviola (Annona muricata) pode ser uma fonte ativa de substâncias antinociceptivas (reduz o número de contorções abdominais) e anti-inflamatórias, obtidas através do extrato das folhas da planta. Outro estudo, realizado na Índia em 2007, sugeriu que os extratos de A. muricata possuem potente atividade antioxidante, sendo uma boa opção natural para combater os radicais livres, aumentando sua atividade terapêutica.

Atividades anti-hiperglicêmicas da graviola foram sugeridas em um estudo realizado na Universidade Obafemi Awolowo (Nigéria), o que indica que a Anonna muricata pode auxiliar no tratamento de pacientes com diabetes. Neste estudo, realizado em animais de laboratório, foi sugerido que o extrato de graviola possivelmente aumenta os níveis de insulina e antioxidantes endógenos. Apesar de tantas indicações medicinais, o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulamentador nos Estados Unidos, aprovou a graviola para uso apenas para apoiar a função imunológica.

O uso da graviola na culinária

A graviola atualmente é uma planta muito popular na culinária. Várias receitas utilizam como ingrediente principal a planta, que possui frutos muito aromáticos, com carne branca e suculenta. Os frutos maduros são altamente perecíveis, frágeis e facilmente danificáveis. Muito presente em sorvetes e iogurtes, o néctar de graviola melhora a qualidade total do produto, agregando valores substâncias de fósforo, zinco, cálcio e bons níveis de proteína a dieta. O fruto também é rico em carboidratos, especialmente frutose. Contém vitamina B1, B2 e C.

Efeitos colaterais e contra-indicações da graviola

A graviola não deve ser utilizada durante a gravidez. Pessoas com pressão baixas devem apenas consumir a graviola com devida supervisão médica, vez que a planta possui atividade vasodilatadora, hipotensora e cardiodepressora. O uso prolongado da graviola pode fortalecer bactérias no trato-digestivo, vez que a planta possui atividade antimicrobiana. A suplementação com alimentos probióticos é aconselhável neste caso. O consumo em excesso pode causar náuseas, sonolência e vômitos em algumas pessoas.

História e curiosidades

A graviola é uma árvore perene de pequeno porte, que atinge até 6 metros de altura. Possui folhas verdes escuras, grandes e brilhantes. O fruto da planta é comestível e possui cerca de 20 centímetros de diâmetro. A árvore é nativa de climas tropicais quentes, sendo muito comum na região da Floresta Amazônica. É conhecida como guanábana nos países da América do Sul, exceto no Brasil, onde é chamada popularmente de graviola.

Fonte: http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-graviola.html

 

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