Alimentação

Manteiga de Garrafa: o Ghee Nacional?

Por cerca de 60 anos, as autoridades médicas nos fizeram acreditar que gordura saturada elevava o colesterol, causava doenças cardíacas, obesidade e até mal de Alzheimer. Nós, pobres mortais, deixamos de consumi-la esperando dias melhores. Mas as doenças continuam aumentando.

Algo deve estar errado…

Felizmente, esse já é um pensamento que caiu por terra, ao menos a nível científico, apesar de ainda ouvirmos informações ultrapassadas. A literatura médica atual é muito clara que esse pensamento não tem sentido e foi causador de perdas de muitas vidas sem necessidade nessas décadas passadas.

Com isso, já se começa a haver interesse em produtos que antes as pessoas evitavam a qualquer custo, mas que agora passam a ser algo possível na rotina alimentar.

Paralelamente, temos o Ghee (originário da cozinha indiana) que está cada vez mais popular. Então, por que não usarmos também o nosso “Ghee nacional”, a manteiga de garrafa?

Conhecendo a manteiga de garrafa

É uma variação da manteiga, que é obtida pelo cozimento do creme de leite bovino até que os líquidos se dissipem e os sólidos da nata se separem da gordura, depositando-se no fundo da panela.

Armazenada em garrafa de vidro, como próprio nome diz, deve ser consumida em até 2 meses.

Você pode usá-la como a manteiga, espalhando no pão, por exemplo, sendo também utilizada como um ingrediente de diversos pratos regionais. Apresenta sabor característico, levemente rançoso e aroma delicado.

Benefícios práticos do uso da manteiga de garrafa

  1. Não se deteriora rapidamente, podendo durar cerca de 2 meses na geladeira para aumentar a validade e evitar mofo.
  2. É livre de lactose do leite e da caseína (proteína do leite), facilmente digerível às pessoas sensíveis a lactose.
  3. Suporta temperaturas mais elevadas, pois os produtos sólidos do leite, inflamáveis, já foram removidos.
  4. Contém mais triglicérides de cadeia média, o que pode facilitar a digestão, melhorar a função mitocondrial e reduzir doença cardiovascular, diabetes, câncer, doenças auto-imunes, aterosclerose e epilepsia.
    Seu consumo reduz triglicérides e eleva o HDL colesterol.
  5. Tem maior concentração de ácido butírico (ácido graxo saturado) do que a manteiga, o que promove maior proteção imunológica e ação anti-inflamatória, podendo ser excelente no caso da Síndrome do Cólon Irritável.

Manteiga de garrafa de vaca a pasto X Manteiga de garrafa de vaca confinada

Para produzir a manteiga de garrafa, o ideal é que se use manteiga sem sal, feita de leite de vacas criadas a pasto. Melhor ainda se for originária de vacas que produzem o leite A2 (entenda porque clicando aqui).

Com o uso do leite cru e de vacas a pasto se terá melhor nível nutricional e menor risco de contaminação por hormônios de crescimento, antibióticos e patógenos comuns às operações de confinamento.

Quando se usa manteiga de vaca criada confinada, alimentada com grãos, como milho e soja, transgênicos, haverá uma má digestão desses elementos pelas vacas, pois os grãos comprometem a ecologia intestinal, induzindo a doenças e comprometendo a composição nutricional da carne e do leite.

Preparando sua própria manteiga de garrafa

É simples e pratico:

1ª Usar manteiga sem sal, de preferência crua (não pasteurizada), de gado a pasto e se possível originária de leite A2
2ª Coloque um pote de 500 g de manteiga em uma panela, derreter lentamente a manteiga sem sal em fogo baixo.

3ª Quando começar a ferver vigorosamente, reduza o fogo e comece a retirar a espuma branca que borbulha à superfície, inclinando a panela se necessário.

4ª. Continue cozinhando em fogo brando até que sobre somente o líquido claro, cor de mel.

5ª Desligue o fogo, deixe esfriar um pouco, por cerca de 30 minutos, e na sequência retire as impurezas e resíduos da manteiga, despejando-a através de uma gase em um frasco que possa ser tampado hermeticamente.

Pronto! Agora é só aproveitar todos os benefícios da manteiga de garrafa para a sua saúde!

Referências bibliográficas:

  • Time. January 25, 2017
  • Authority Nutrition. 2012-2017
  • J Acad Nutr Diet. February; 2015 115(2):249-63
  • American Journal of Clinical Nutrition. 2004
  • Am J Clin Nutr. May 2007; 85(5):1203-11
  • ARYA Atheroscler. November 2013; 9(6):363-71
  • Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos. 2001, vol. 21, n.3. 
  • Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos. 2003, vol. 23, n.3. 
  • Fonte: funcionalkitchen

Fonte: http://www.drrondo.com/

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