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Óleo de canola – será que é saudável mesmo?

“A natureza não cria gorduras ruins, as fábricas sim. ” – Dr. Cate Shanahan

COMO TUDO COMEÇOU?

Os óleos vegetais refinados eram utilizados em bases para tintas, vernizes e outros produtos. Com o avanço tecnológico passou-se a utilizar derivados petroquímicos por um custo bem mais baixo, e a indústria dos óleos passou então a direcionar sua produção para alimentar animais como porcos e perus e, em seguida direcionou sua produção para os seres humanos. Mas para conseguir êxito, seria preciso antes, difamar os óleos e gorduras tradicionais. E assim foi feito…

Gorduras e óleos fazem parte da dieta humana desde sempre. A confusão sobre este macronutriente precioso para a saúde humana começa por volta da década de 1950, quando a informação (incorreta) de que o consumo de gordura saturada (principalmente de carne e laticínios) aumentava o colesterol e levava à maiores riscos de doenças do coração. A partir de então, algo tão artificial e nocivo como a gordura vegetal hidrogenada, cujas estrutura molecular é similar ao plástico, passou a ser vista como saudável; enquanto que a manteiga, a banha de porco e até mesmo o óleo de coco passaram a ser temidos e evitados como causadores de doenças. Esse mito ganhou tamanha proporção, que mesmo atualmente, muita gente, incluindo profissionais da área de saúde, recomendam óleos vegetais processados, mesmo os hidrogenados, como opção saudável.

Porém, estranhamente os problemas degenerativos e cardíacos apenas aumentaram desde então, mas ainda assim, persiste a concepção de que óleos poli-insaturados refinados são mais saudáveis do que as gorduras saturadas naturais. Atualmente, evidências científicas e estudos diversos apontam o oposto (1, 2, 3). Mas não é fácil desfazer um mito que continua provendo vultosos lucros para a indústria alimentícia.

ALGUNS PROBLEMAS DOS ÓLEOS VEGETAIS:

  1. “Alimentos” extremamente refinados com total ausência de nutrientes: Diferentemente dos óleos naturais, os óleos refinados são desprovidos de qualquer nutriente importante, vitaminas ou minerais. São calorias vazias.
  2. O consumo de óleos vegetais está relacionado a comportamentos violentos: Ácidos graxos essenciais são absolutamente necessários para a funcionamento cerebral. O cérebro é constituído por 80% de gordura, e grande parte dela, de 15 a 30% é de omega3 e ômega 6 (29). Como vimos, estes dois ácidos graxos competem pelos mesmas enzimas e locais celulares, sendo que o ômega 3 tem efeito anti-inflamatório e ômega 6 pró-inflamatório, portanto não é difícil perceber que o excesso de ômega 6 acabará causando reações inflamatórias nas células cerebrais e, como todos sabem, qualquer mudança neuronal acaba por afetar nosso comportamento. Estudos bem consistentes encontraram forte correlação entre o consumo de óleos vegetais e comportamentos violentos, incluindo homicídio (30). O gráfico mostra como o aumento do consumo de ômega 6 coincide com o aumento da taxa de homicídio em 5 países diferentes.linoleico-2Não podemos afirmar que a ingestão de ômega 6 tenha causado essas elevadas taxas de homicídeo, mas a correlação entre as estatísticas é impressionante!
  3. Aumento do risco de doenças cardíacas: As doenças do coração são a causa n.1 de mortes em todo o mundo. Muitos estudos foram feitos para detectar se os óleos poli-insaturados contribuem ou previnem doenças de coração. Embora se diga que óleos poli-insaturados previnam doenças cardíacas, é preciso distinguir entre aqueles ricos em ômega 3 e ricos em ômega 6. Óleos poli-insaturados com baixo nível de ômega 6, desde que não sejam submetidos ao calor, podem ajudar a prevenir doenças do coração, já os óleos poli-insaturados que contém ômega 6 em excesso, como é o caso dos óleos vegetais processados, contribuem para inflamação generalizada e problemas cardíacos (27).
  4. A ingestão de ácido linoleico aumenta o estresse oxidativo e contribui para disfunções endoteliais: Por ter ligações duplas de carbono, o ácido linoleico é fonte de radicais livres, que em grande quantidade, causam estresse oxidativo (20). Além disso, estudos demonstraram (21) a redução de óxido nítrico, substância que ajuda na dilatação necessária para a manutenção da pressão sanguínea e para a saúde cardiovascular (22). O óxido nítrico é produzido pelo endotélio, a fina camada de células no interior dos vasos sanguíneos. O ácido linoleico também ativa processos inflamatórios no endotélio (23).A disfunção do endotélio é um dos primeiros sinais de problemas cardiovasculares(24).
  5. Ômega 6 (ácido linoleico): Certamente você já ouviu falar em ômega 3 e ômega 6. São chamados de ácidos graxos essenciais e desempenham importantes funções no organismo, relacionadas a inflamações, coagulação sanguínea e imunidade. A questão é que precisamos de ômega 3 e ômega 6 na proporção certa, ambos participam na formação de moléculas denominadas eicosanoides, só que as derivadas do ômega 6 são pró-inflamatórias, e as do ômega 3 são anti-inflamatórias (8, 9). Os óleos de fontes naturais sempre proveram o ser humano com esses ácidos graxos essenciais nas quantidades adequadas, mas de uns tempos para cá, o consumo de ômega 6 passou a ser absurdamente alto e o consumo de ômega 3 diminuiu. Estima-se que a proporção ômega 6: ômega 3 variava de 1:1 até 3:1 em dietas tradicionais e dietas saudáveis, atualmente esta proporção em grande parte da população é de 16:1! (10). Os culpados? Óleos vegetais refinados…
  6. Grande quantidade de radicais livres e outros compostos tóxicos: No processo de refinamento, o calor é utilizado em algumas etapas provocando o aparecimento de radicais livres. Radicais livres são responsáveis por processos de envelhecimento e estão relacionados a doenças diversas, inclusive o câncer. Quando o óleo é utilizado em frituras, cozimento ou assados, mais radicais livres são formados, além de outras substâncias nocivas (4, 5). Estas substâncias se vaporizam e quando inaladas podem contribuir para o câncer de pulmão (6, 7).
  7. O ácido linoleico se acumula nas células:  Gorduras e óleos não são apenas fonte de energia, desempenham inúmeras funções no organismo. O ácido linoleico, componente principal do ômega 6 se acumula nas membranas lipídicas das células (11, 12), e isso leva à mudança estrutural dos tecidos com preocupantes consequências para a saúde, como veremos nos próximos itens. O gráfico abaixo, feito pelo Dr. Stephan Guyenet, baseado em seis estudos diferentes (13, 14, 15, 16, 17, 18), ilustra o aumento do conteúdo de ácido linoleico tecidos lipídicos durante o período de 1961 – 2008:linoleicoAté mesmo o conteúdo do ácido linoleico no leite materno aumentou significativamente (19). É um tanto assustador, não é?
  8. Aumentam a oxidação do LDL: LDL do inglês Low Density Lipoprotein, Lipoproteínas de Baixa Densidade. É a proteína que carrega o colesterol pela corrente sanguínea. Um dos passos cruciais para as doenças cardíacas é a oxidação dessas partículas (25). São estas partículas de LDL oxidado que se acumulam nas paredes das artérias. Ironicamente os óleos vegetais poli-insaturados são considerados saudáveis por baixar o nível de LDL, porém eles oxidam os mesmos, fazendo com que parte do LDL se transforme em ox LDL, este sim, comprovadamente entope as artérias (26).
  9. Podem aumentar o risco de câncer: Como vimos, seu alto conteúdo de radicais livres aumentam o estresse oxidativo, atuando principalmente nas membranas celulares, porém as reações moleculares ocorrem em cadeia podendo levar a danos em componentes intracelulares, inclusive mutação de proteínas, incluindo o DNA (28).
  10. Grande quantidade de gorduras trans: Ainda que não apareça nos rótulos, estes óleos comerciais contêm quantidades significativas da terrível gordura trans. Num estudo feito com óleo de soja e canola forma encontrados níveis que variavam entre 0,56 % até 4,2% dos ácidos graxos totais. Estes níveis são extremamente altos e preocupantes (31).

MARGARINA – ÓLEO VEGETAL REFINADO HIDROGENADO

O óleo vegetal, submetido à uma elevada pressão e temperatura gera um creme semi-sólido, cinzento e de odor desagradável. Emulsificantes são acrescentados para dar uma textura mais suave e homogênea, e segue-se um processo para branquear e retirar o cheiro horrível. Após isso, são adicionados aromatizantes, vitaminas sintéticas e corante amarelo para lembrar a manteiga. A transformação está completa: de um creme industrial cinza e fétido, para um alimento saudável e aprovado pela associação de cardiologistas. Infelizmente a indústria realmente não se importa com a saúde dos consumidores e se importa muito com seu lucro. Portanto, se você quer evitar ingerir gordura vegetal hidrogenada, saiba que ela é um ingrediente utilizado basicamente em qualquer formulação alimentícia que venha em pacotes, como bolachas, biscoitos, batatas chips, salgadinhos, sorvetes, bolos, massas instantâneas, enfim, quase tudo que está nas prateleiras dos supermercados.

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ÓLEO DE CANOLA – SERÁ QUE É SAUDÁVEL MESMO?

Se você leu este artigo até aqui, certamente já está questionando se é possível que um óleo que é processado e refinado, possa ser tão saudável como tem sido divulgado.

Quando estudamos um pouco sobre o que o óleo de canola representa para a saúde, logo compreendemos que há um equívoco em listar o mesmo entre opções benéficas para o corpo. Obviamente um equívoco intencionalmente fabricado pela indústria alimentícia, e de fato decidi escrever sobre o óleo de canola por perceber o mesmo como um bom exemplo da atuação desta.

Vamos iniciar nosso estudo pela origem do óleo. Para tanto, vamos buscar na natureza a planta canola, a linda flor amarela estampada nos rótulos… que não existe. Canola não é uma planta: é um nome comercial. É a sigla de Canadian Oil Low Acid. A flor amarela das fotos é de uma planta hibridizada chamada “colza”. A colza é o resultado do cruzamento de várias subespécies de plantas da mesma família com o objetivo de obter uma semente com baixo teor de ácido erúcico, que causa sérios danos ao coração (32).

Até aí, tudo bem…certo? Não há nada de errado em manipular a genética natural e criar plantas “mais adequadas” para o consumo humano… certo?

Na verdade, diversos problemas podem surgir dessa prática. Um exemplo disso são várias das frutas que temos hoje disponíveis, como a Manga Palmer, que contém grande quantidade de açúcar e insipiente quantidade de fibras – o que resulta em um alimento com altíssimo índice glicêmico, que ativa excessivamente a insulina e traz os mesmos indesejáveis efeitos colaterais de qualquer alimento açucarado. O mesmo não acontece com as espécies originais de manga, que possuem mais riqueza nutricional e conservam suas fibras, apresentando índice glicêmico mais adequado.

Ainda assim, isso é muito menos relevante do que o fato de que mais de 90% de toda a canola plantada no mundo atual é geneticamente modificada, contendo genes artificialmente criados em laboratório para resistir a pesticidas altamente danosos para tudo o que não contém esse gene específico (ironicamente o próprio óleo de canola é classificado como um inseticida bioquímico pela Agência de proteção Ambiental dos EUA, (33). A planta recebe grandes dosagens deste pesticida ao longo de seu ciclo e o armazena em seus lipídeos… ou seja, no óleo. E, claro, nós não possuímos este gene de imunidade contra os pesticidas…

Plantas geneticamente modificadas são um engenhoso atentado contra a sabedoria da natureza em muitos níveis. Detalhar esses níveis não cabe neste artigo, mas acredito que você que está lendo este artigo em busca de conhecimento saudável não esteja interessado em alimentar seu corpo com genes artificiais.

Ainda assim, as principais consequências nocivas do óleo de colza, digo, de canola, é o processamento e a oxidação a que seus ácidos gordurosos são submetidos.

O fato é que TODOS os óleos vegetais altamente processados e refinados, tais como o de milho, o de soja, o de algodão e também o de canola são compostos de significativas porções de óleos poli-insaturados, os quais são altamente instáveis e se deformam na luz, no calor e na pressão, os quais oxidam-se intensamente e aumentam razoavelmente a presença de radicais livres no corpo, envelhecendo-o prematuramente e contribuindo para desequilíbrios específicos.

O resultado desses processos industriais de refinamento são óleos altamente inflamatórios, que contribuem diretamente para ganho de peso, doenças degenerativas e… doenças do coração! Isso mesmo! Sim, pois uma simples verdade é que um dos principais contribuintes para doenças do coração são processos inflamatórios que se instalam nas artérias e demandam que o corpo direcione moléculas de colesterol, que são utilizadas como uma espécie de “bálsamo” para arrefecer a inflamação nos tecidos.

colesterol

Como o problema não é resolvido em sua raiz, ou seja, os hábitos de vida que criaram e sustentam os processos inflamatórios não são transformados, o corpo continua enviando colesterol para tentar minimizar os efeitos da inflamação, o qual se acumula gradativamente e vai literalmente entupindo o sistema de circulação.

Mas esses óleos não são extremamente comuns e populares? Sim, graças ao excelente trabalho dos estrategistas de marketing da indústria. Lembre-se que diversas doenças resultam de processos inflamatórios, como artrite, síndrome do intestino irritável e as doenças coronárias.

Embora eu esteja focalizando o efeito nocivo dos óleos poli-insaturados processados, não quero transmitir a ideia de que estes são os únicos responsáveis por processos inflamatórios. Outros alimentos também o são, assim como o stress cotidiano, a estagnação causada pela ausência de atividade física, além de questões da esfera emocional e mesmo desequilíbrios no uso da mente. Uma abordagem construtiva e honesta em prol da saúde deve considerar todos os fatores. E certamente a qualidade dos óleos escolhidos é um dos mais importantes.

Vamos comparar o azeite de oliva extra virgem com o óleo “de canola”. O primeiro é obtido por prensagem a frio e, quando de qualidade, engarrafado em frascos escuros para proteger o mesmo da oxidação que a luz proporciona. Já o segundo é tipicamente extraído e refinado por processos industriais que utilizam elevado calor, pressão e solventes petroquímicos como o hexano.

O óleo de canola normalmente passa por um processo de refinamento cáustico, descoloração, remoção de fibras e desodorização – porque óleos processados apresentam naturalmente um terrível cheiro de ranço, logo precisam ser desodorizados para que alguém possa comprá-los.

Assista este vídeo que mostra o processo de produção do óleo, nele percebemos que o óleo de canola, mesmo que viesse de uma planta saudável e encontrada na natureza, estaria muito longe de ser algo natural como o óleo de oliva, óleo de coco ou manteiga:

https://www.youtube.com/watch?v=omjWmLG0EAs&feature=youtu.be

Ainda pior, todo esse processamento força parte do delicado conteúdo de ômega 3 a se transformar emgordura trans. Uma pesquisa realizada na University of Florida em Gainesville encontrou a elevada proporção de 4,2% nos óleos “de canola” testados (3). Sim, gordura trans, um dos mais nocivos elementos “nutricionais” da atualidade, recentemente banido dos restaurantes da Califórnia por ordem governamental. Afinal, tem comprovado efeito contribuinte para inúmeras doenças – inclusive as do coração. (34, 35)

Como então é possível que um óleo dessa qualidade seja comercializado como alternativa saudável, recebendo selos de aprovação de diversas entidades que “defendem a saúde do consumidor”? Assim é por um único, simples e raso motivo: o único comprometimento das grandes indústrias (e das entidades certificadores e governamentais que existem para servi-las) é com o lucro. O caso da Canola e dos demais poli-insaturados ilustra bem este fato: simplesmente não devemos confiar somente em rótulos elegantes, em propagandas ou outras comunicações da indústria. É ingenuidade acreditar que estas existem para trazer qualidade de vida.

Em quem podemos confiar? Na Natureza. Na Sabedoria que criou a vida, os vivos e os víveres (alimentos) necessários para sua sustentação. Seguem algumas opções de óleos e gorduras benéficas que podem e devem fazer parte de um cardápio construtivo:

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  • Azeite de Oliva Extra Virgem – Óleo monoinsaturado, ideal para uso em temperatura ambiente, resiste melhor ao calor do que os poli-insaturados, mas é melhor que não seja aquecido. Alguns estudos recentes apontam que este deve ser utilizado com moderação pelo fato de que em alguns indivíduos pode causar inflamações. Isto não é generalizado, mas vale uma certa atenção em relação ao assunto.
  • Óleo de Gergelim, de Girassol e de Linhaça – NUNCA devem ser utilizados para cozinhar pois são todos suscetíveis aos processos de oxidação e desnaturação causados pelo calor descritos acima. Contudo, possuem benefícios e sabores que contribuem para a saúde e são excelentes para um toque especial em receitas diversas. Certifique-se de que sejam prensados a frio, guardados em garrafa escura e preservados sob refrigeração. Especialmente o de linhaça, que se oxida muito facilmente.Ainda que sejam excelentes em diversos aspectos, estes óleos não são boas fontes de ômega 3 . Existem duas formas de ômega 3, os de cadeia curta (ALA), presentes neste alimentos, e os de cadeia longa (DHA), que vc encontra em pescados selvagens ou em extrato de algas marinhas especificas. O organismo precisa converter o de cadeia curta (ALA) no de cadeia longa (DHA) e isso acontece em níveis muito baixos, estima-se que menos de 1%. Há também o óleo de chia e outros mais difíceis de encontrar, como o óleo de cânhamo, e de uma semente amazônica chamada sacha inti – infelizmente esses ainda não estão disponíveis no Brasil.

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  • Óleo de Coco Virgem – Uma das gorduras mais saudáveis e medicinais para o corpo humano, o óleo de coco é rico em triglicerídeos de cadeia média como ácido láurico, cáprico, caprílico, dentre outros.  O leite materno, por exemplo, é rico em ácido láurico, que no estômago se transforma em monolaurina e estimula o sistema imunológico, combate bactérias, fungos, vírus e parasitas. Além disso, o óleo de coco é rico em vitamina A, D E, K. É interessante também o fato de não necessitar de bile ou enzimas digestivas para ser absorvido, portanto sendo uma ótima fonte de gordura saudável para quem tem problemas de vesícula ou problemas digestivos. Resistente ao calor, é uma ótima opção para cozinhar. Por ter aroma adocicado, fica excelente em bolos e biscoitos. Uma maneira agradável é liquidificar óleo de coco com suco de frutas – fica excelente com manga.
  • Banha de porco – Gordura saturada tradicional utilizada há muito tempo. Embora seja estável e apropriada para cozinhar, não podemos ignorar que provém de animais quase sempre tratados com desdém e crueldade, além de serem alimentados com grãos transgênicos. Acredito que podemos escolher outras opções que não envolvam o sofrimento desnecessário destes animais.
  • Óleo de Palma – Excelente para a saúde (especialmente quando não refinado), o óleo de palma é riquíssimo em tocotrienóis – poderosíssimos antioxidantes. Igualmente resistente ao calor (não se degrada quando utilizado na culinária), pode ser usado para tudo com a vantagem de alterar muito pouco o sabor de qualquer coisa. É muito importante saber a procedência deste óleo, pois a colheita dos frutos para fazer o óleo tem causado forte impacto ambiental em algumas regiões do planeta.butter
  • Manteiga – Sim, muito saudável e incomparavelmente melhor do que qualquer margarina – talvez um dos piores e mais artificiais “alimentos” jamais criados pela indústria. A manteiga resiste bem ao calor e é uma das mais nutritivas e saudáveis fontes da tão importante e essencial gordura saturada (sim, gordura saturada é saudável e importante, e futuramente escreverei um artigo sobre o assunto). Fonte de CLA, um ácido gorduroso essencial que já foi demonstrado através de estudos como portador de propriedades de construção muscular e queima de gordura. O melhor da manteiga é o seu sabor delicioso, que adiciona riqueza a qualquer prato. Excelente para nutrir o sistema nervoso e para assimilar determinadas vitaminas e minerais lipossolúveis. Para saber mais, visite:http://blog.puravida.com.br/pesquisas-revelam-que-pessoas-que-comem-manteiga-natural-sofrem-menos-ataques-cardiacos/

Para quem é alérgico à lactose é recomendável a alternativa clarificada, removida de resíduos sólidos do leite: O Ghee, que se comporta ainda melhor do que a manteiga comum quando utilizada para refogar ou fritar qualquer coisa. Não que frituras sejam recomendadas, mas fritar em manteiga clarificada é infinitamente melhor do que fritar em óleo de soja… ou “de canola”.

De qualquer maneira, a manteiga deve idealmente ser orgânica, pois é justamente nos lipídios que se acumulam as substâncias tóxicas no organismo. Sendo assim, evite laticínios tradicionais e procure a boa e velha manteiga “da roça”, artesanalmente preparada… de preferência a partir de leite fresco do dia, não-cozido para manter vivo os probióticos naturalmente presentes. Qualidade faz diferença, e muita. Ainda assim, mesmo uma manteiga industrializada é infinitamente melhor do que a margarina.

A qualidade dos óleos de uma dieta, seja ela qual for, é um dos mais importantes e determinantes fatores para a saúde. São eles os principais responsáveis por corrigir ou acentuar inflamações sistêmicas.

Sendo assim, a sugestão é que você escolha seus óleos e gorduras com consciência, evitando alimentos processados pela indústria (biscoitos, bolachas, bolos, pães), pois esses quase sempre são elaborados com os mencionados óleos refinados mencionados (além de outras inconveniências para o corpo).

Aprecie o dom da vida e honre-a com alimentos verdadeiramente saudáveis.

Referências:

  1. http://annals.org/article.aspx?articleid=1846638
  2. http://ajcn.nutrition.org/content/early/2010/01/13/ajcn.2009.27725.abstract
  3. S O’Keefe and others. Levels of Trans Geometrical Isomers of Essential Fatty Acids in Some Unhydrogenated US Vegetable Oils. Journal of Food Lipids 1994;1:165-176.
  4. http://ajcn.nutrition.org/content/66/4/1006S.short
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  6. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/016512189290035X
  7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16135162
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  10. http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0753332206002435?via=sd
  11. http://ajcn.nutrition.org/content/76/4/750.long
  12. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0005273612000156
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  32. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1277456/
  33. http://www.dldewey.com/columns/epacan.htm
  34. http://jn.nutrition.org/content/135/3/562.short
  35. http://ajcn.nutrition.org/content/66/4/1006S.short

Mais referências:

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